É só a verdade...
Não começo esse post animada como sempre.
Esse post, talvez possa ser um dos posts mais polêmicos do Blog, e acho que muitos de vocês não vão concordar com o que digo aqui. Mas eu estou apenas relatando a verdade, e nada mais que a verdade.
Digo que esse pode ser um dos posts mais polêmicos, porque trata da escola. Nunca falei muito da escola aqui, mas uma série de acontecimentos me levaram a fazer esse post.
O primeiro acontecimento é o da série "13 Reasons Why", onde os pais da protagonista Hannah Baker (Katherine Langford), enfretam um processo contra a escola, para provar que é o próprio ambiente escolar que acabou impulsionando sua filha a se suicidar. Se você já viu a série, provavelmente se lembra da cena em que a mãe de Hannah entra no banheiro da escola e fotografa ofensas a diversos alunos (xingamentos), inclusive Hannah. Ela espera usar isso contra a escola, e é aí que ela entra. A escola tem tanto medo de perder o processo, e consequentemente ter que fechar suas portas, que pinta TODAS as paredes de TODOS os banheiros da escola. Por que estou tocando nesse assunto agora? É certo que se a escola se importasse mesmo com os alunos, dariam importância ao que está escrito, e assumiria a culpa pelo acontecido. E não só pelo acontecido, mas por não ouvir os alunos. O que me leva ao segundo acontecimento, também dessa série. Em uma das últimas cenas da série, Hannah vai até a sala do conselheiro, conta sobre o último acontecimento que a marcou, que foi ela ter sido abusada sexualmente. O conselheiro, no entanto, não acredita que ela não queria que isso acontecesse. MANOOOOO, como assim!?! Se ele é o conselheiro, ele tem dever de ajudar os alunos com seus problemas pessoais e escolares. Mas, não, ele prefere acreditar que ela queria que esse ato (horrível) acontecesse. E é isso que a impulsiona a se suicidar. Antes de ir falar com o conselheiro, ela deixa bem claro em sua fita, que essa era sua última chance, que era sua última chance para a vida. Pois é, talvez eu não esteja tão errada assim.
O terceiro fato (chamarei assim), é que a escola não se importa com o bullying que os alunos sofrem. Posso contar por experiência própria. Sempre quando minha mãe ia diretamente falar com a coordenadora e com a diretora, elas defendiam quem praticava o bullying. Não digo que defendiam, mas desmentiam. Sei lá, parece que para a escola, é mais fácil não se preocupar com isso. Acho que é por isso que nunca ouvem, de verdade, as queixas.
Quarto fato. Quem deu o direito de os professores exporem os alunos? Não estou dizendo de chamar um número para dar a resposta do exercício. Estou falando de quando os professores chegam e expõem os alunos de tal forma: " Será que essa aluna falou alguma vez? " ou "Essa aluna está sempre atrás dos outros", é disso que eu estou falando. MANOOOOO, quem te deu o direito de falar isso de alguém? Se você, professor, tem algum problema com algum aluno, chame-o para conversar em particular, e não abra sua vida para a sala toda. Mas parece que é difícil de entender. Você humilhar seu aluno, não vai descarregar suas queixas pessoais e com o próprio aluno. Outra coisa, você,
Professor, não sabe dos problemas do seu aluno fora da escola. Não sabe como ele se porta com seus amigos. Você não sabe se ele é igual na escola e em casa, e você não tem direito de julgar.
Professor, não sabe dos problemas do seu aluno fora da escola. Não sabe como ele se porta com seus amigos. Você não sabe se ele é igual na escola e em casa, e você não tem direito de julgar.
Quinto fato. Por que os alunos não param de rotular? Faço a mesma pergunta: Caro aluno, quem te deu o direito de rotular alguém? Quem te deu o direito de falar que alguma pessoa é quieta, ou que alguém é mudo? Se a pessoa é mais reclusa, o problema é dela. Está interferindo na sua vida? NÃO. Então fique aí vivendo a sua vida, enquanto a pessoa vive a dela. Você também não tem direito de julgar.
Só para deixar claro, isso não é um desabafo — apesar de parecer — isso é apenas uma crítica.
As escolas precisam fazer o contrário do que está escrito aqui.
Ao invés de julgar, ouça e ajude.
Ao invés de humilhar, ouça e ajude.
Ao invés de falar na frente da sala, fale em particular, ouça e ajude.
Antes de se meter na vida de algum indivíduo, saiba de suas dificuldades, e de conselhos que possam ajudar. Cabe ao indivíduo, acatar ou não.
Novamente, não é problema seu se alguém é quieto ou se fala mais que uma vitrola, a vida não é sua, portanto, não se meta.
Novamente, não é problema seu se alguém é quieto ou se fala mais que uma vitrola, a vida não é sua, portanto, não se meta.
É isso.
#esoaverdade
#esoaverdade
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